queria que o tempo parasse
E um cigarro que não acabasse
Viuvazul
Papo Kabeça
No Satrbuck, com sua boina Capitão
tal louco contido
Napoleão. Prefiro heroína
de Liberdade, Amor, Revolução!
"Standing in the ruins of another black man’s life.Gil Scott-Heron, The Vulture
Or flying throught the valley separating day and night.
‘I am Death’, cried the vulture. ‘For the people of the light.’
Charon brought his raft from the sea that sails on souls,
And saw the scavenger departing, taking warm hearts to
the cold.
He knew the ghetto was a haven for the meanest
creature even known.
In a wilderness of heartbreak and a desert of despair,
Evil’s clarion of justice shrieks a cry of naked terror.
Taking babies from their mamas and leaving grief beyond
compare.
So if you see the vulture coming, flying circles in
your mind.
Remember ther is no escaping, for he will follow close
behind.
Only promise me a battle; battle for your soul and
mine."
Este blogue é veículo de pouso tipo Robin contra os bosques encantados. Cada um o seu veículo. Kabeça pousara sua bicicleta chamada viuvanegra frente ao Tavistock Garden: ponto de encontro com ironia da história. Há uma estátua de Gandhi no meio do Parque. Ela está de lado. Há poucas flores. Muitas grades. Pensam que vigiam o velho. Mas ele vigila pelos bons, no coração do Império.
Brick Lane
Leca, Pelado, Mike
de Bristol
Passou no Paquistão
e entretanto nos arredores do metrô Marechal Deodoro (filho da puta esse Marechal Deodoro),onde cresci, em sampa. O sangue ruim vai passando, porque toma veleiros Reais
Despedida em Las Vegas: Nicholas Cage sem o John
Beto Brant, Os Matadores
Kendô e Astrohand
Lei do Sexagenário, para inglês ver
Desenhava-se janelas nos galpões
Tipo Benigni em Down by Law
Enrico
Oxy, petróleo e tudo de ruim
Custa 2 Reais e mata em um mês
Sergio Godinho e Zeca AfonsoLa la land
Roma, The Wire
Terramoto lisboeta
É preciso ir para Pompéia
e assistir
Shoujyo
e Kikujiro!
.:.
Finda conversa, o pássaro pega na viuvanegra e parte pela
vida
vida
No aeroporto de volta, conheci Fedarovich
que vinha de Moscow
Em Lisboa, para os que sabem o que significa o pouso,
pousei
Etnopoesia do blablablá
A cada buraco de dar meu coração sobre a boca
a cada buraco de ar, meu coração sobe à garganta.
Marinheiros, enfrentamos uma grande onda com muita molha! Marinheiros!
Quietos, os marinheiros não podiam ouvir o capitão John Dickenson que, bancando Cook, não atentava à tormenta que ele chamava de marola: ventos, tornados, contravento, contratempo.
“Em caso de pouso sobre a água, coletes salva-vidas estão dispostos…”
Com tempo demorou o vento, e o capitão continuava sozinho a gritar (ou cantarolar).
“Oxigens will be provide… remember to put your own mask… if the life jacket…”
John Dickenson estava distraido. Seu corpo tinha sido espancado com gritos de Calma, Você quer que eu faça o quê? e, finalmente, Estamos sempre a apagar fogos! Este último berro veio de navio inimigo, este antipirata, flotilha da Coroa cuja embarcação carrega em armas ferros quentes de tortura discursiva e em brasão, tutelas frias com imagem progressista…
Vai subir. Fudeu, é agora, meu corpo não volta, confio na pilota. Confio, hm
AAAAAAAAAAAAAAAAHH! AAAAH, Bolinha, bolinha, cadê, caiu! No, no chão, AAAAHH, meu sinto, solto? Não, vou saltar AAAAAHH! AHH! Achei bolinha! AAAAAH! Ok, hm. HMMmmm. Aquela aeromoça lá da frente é muito gi.. AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH! Cadê a Pilota carai, AAAHH! What? Ok, thank you. A aeromoça bochechuda disse que it’s all right. Calma capitão. Uff. Há ventos fortes pilota, você não disse que me ia fazer tanta troça com botões amarelos. Tranquilo, peguei no meu Snickers para matar a fome, mas com tanta emoção de bolso, ele estava mais fundido do que eu. Pedi à bochecha rosa if I can put mai chocolate in de frigobar, What? Look, my chocolate is pfrrfff, Oh, yeah, I can put it on glaces (smile at me, simpatica). Na saída do avião ela devolveu-mo bem rijo. Thank you, good night and good Job (o piloto não sabe que fora teleguiado, os neurocientistas hão de perceber o conto).
À entrada, no avião da secção de pára-quedistas do movimento do Rossio, o capitão seguia a marinha de cabeça baixa, ouvindo os conselhos de Nina, a Simone, quando foi alertado por voz grossa, de matriz africana, que dizia Good Night Sir. Ainda seguindo a marinha, John Dickenson não teve tempo de erguer os olhos, senão até o cimo de um largo sorriso alvo que penteou seu medo, desfazendo os nós que a fragata corsária tinha deixado nas costas do naufragado navio. Tranquilizado, o capitão passou pelos marinheiros primeiros, desobedecendo as leis numéricas (ou as regras de primitivização), dirigiu-se quase a correr, como quem corre cagando nas calças, até a última fila: ali rondava uma aeromoça gorducha de bochechas simpáticas (e rosas), e um banheiro para emergências líquidas, pois a água é trânsito e fonte de vida para John Dickenson.
Quando acordei com "Your SitBells blablablá", uma vontade doida de mijar, e umas anotações no colo, olhei para bochecha que de antemão já me dizia que No, a sorrir; mas ela riu-se quando lhe perguntei Where do I do to go to London. Em terra firme, Cigarro! Português, rápido!, já nem preciso de ninguém. Nem tive tempo de pensar nos Clash, quando vários flashes de luzes néon rasgaram meu olhar. Mas paulista não se irrita. Com essa coisa. De flash, ou gente armada. No trem, o trem é assim e assim que é, em Gatwick, amizade jamaicana me acolheu e indicou-me dom caminho (I’ll see you again, disse ele com olhares de quem sabe). Não foi difícil chegar no bairro da Virginia, a loba, para dormir (não sou chique, a instituição onde trabalho é que é. Não tinha dinheiro para comprar uma tosta, quanto menos um tostão). A sorte, que eu também adoro, me pegou de madrugada, com estômago a devorar-me pedaços de sonho: lembrei que era dia ou noite que caia o Cavuco (para os marinheiros de primeira viagem, é nome dado na livraria da vila para salário), e comprei três pastéis no indiano-que-nunca-fecha da esquina, graças à la Visa. Oh, Visa. Era picante a comida, só faltava o doce, de marmelo que eu prefiro.
Tive de esperar um dia de trabalho até Havear minha Battery carregada, e entretanto já recebi telefonema de que estava para chegar boa companhia de guiadora. Tive medo de sair de hotel porque não tô ligado como se faz pra olhar carroçaria vinda da Left, mas adorei ver. Depois de idas e voltas em corredores kubrickianos, libertei-me acompanhado até o metrô subway, onde havia uma grande publicidade de fundo negro. A frase dizia “China is a threat to the West” (eu não entendo o que isto quer dizer, a não ser se for o chinês que não queria me deixar acender as luzes da reception para escrever e fumar só porque passavam das tuelve). Ao lado da frase, um panda de olhos vermelhos (será Mao, ou um panda voltando das catacumbas da extinção para matar o senhor West?). Assinava “The Economist". Graças ou não ao panda, Oxalá me levou ao Museu de História Natural, onde tomei aula com o douto Darwin. A lição chamava-se “Deception”, um exemplo de como uma fêmea babuína da família dos Hamadryas manipulava e provocava o macho dominante (dono do Harém) através de sedução travestida com meias-verdades de um macho Low-status. Tomado nota, corremos até o Hyde Park, onde o passeio foi entrecortado por exposição emocionante na galeria Serpentina. Os detalhes desta aventura estão exclusivamente reservados. Muito bonita a cidade, viu amiguinhos, mas amanhã não tem mais, porque o marinheiro que vos fala apresentar-se-á solenemente frente a oficiais da Marinha Botânica que querem saber como foi que peças do Pacífico, fabricadas por nativos, e transportadas pela frota do capitão Cook, foram parar algures em Lisboa.·. o capitão James Cook foi morto e devorado pelos nativos havaianos em 1779. Seu navio, porém, voltou em pedaços mas com peças destas para Londres. Querem saber mais? Não conto.
Com as pálpebras a pesar, John Dickenson descansa os dedos em teclas superSonycas, enquanto no televisor do quarto de hotel passam imagens de soldados bem armados (com telécotéco no capacete e tudo), e a legenda avisando que se trata de uma tal de Afghan War. O capitão Dickenson não sabe do que se trata, mas já viu desertos e não gostou. Sua atenção estava agora mirando orientações de comandante terrestre no Rossio, que pedia para que ficasse de olho nas agitações por vir: dia 30 de Junho Londres vai bombar*. Sem dizer nada, John queria apenas que o comandante ficasse tranquilo. Não era à toa que escolhera hotel no mesmo bairro que a University of London, para esticar ponte entre o Tejo e o Tames. O capitão, perto do rio de onde partiu fragata para o coração das trevas, é que queria saber como ia o Rossio.
Só tenho a certeza, contudo, que para vencer o FMI, é preciso primeiro vencer outro medo, que é o medo do FIM
*txt escrito em passadas condições
*txt escrito em passadas condições
O titulo do blogue não tem nada a ver com cores, e isso que disse é uma mentira. A viúva negra, sobre a qual direi mais tarde, se quiser, não é prima de tarântula, mas sim, o novo meio de transporte de Batman 2.0. Já que sou Robin, escolhi o azul da cor do mar, pois sou caranguejeiro. Carangueijo azul é Veículo de mensagem, e de massagens à vácuo. Ai menino, quanto mistério. Aguardem um pouco. Transcrirei papo Cabeça logo que estiver de volta do futuro. Enquanto isso, depois de tentar perceber o que é a democracia (exercício desaconselhável para quem não quer chatices, porém aconselhado para quem não quer tiranos), tiro férias massivas por aqui. Estás confuso? Não, eu sou confuso. És louco? Não enlouqueço, loucalizo. Gosta de política? Não, preciso de política. E de poesia? Sim, preenche os vazios que não cabem em outros gêneros de verborréia escrita: vai pela oral. E para outros tipos de comunicação? A palavra. Se não? Os gestos. E além de tudo isso? A música. E a arte? Gosto de perguntas, não de inquéritos. Não achas que teu português está por vezes incorrecto? Só se for o que fumo*:
* a trangressão da primeira regra, que me tinha imposto (a de não falar da minha pessoa), mostra uma amostra do grau de conflituosidade que existe entre eu, meu superego e o tabaco que tem vício de mim;)
Τι συμβαίνει;
Nada se passa em terras helênicas, de imagem ao lado
continuemos tranquilos,
como sempre em vão(s)
de escada abaixo
Porque os filhos de Esparta,
estes, nunca desistirão
nunca mais
continuemos tranquilos,
como sempre em vão(s)
de escada abaixo
Porque os filhos de Esparta,
estes, nunca desistirão
nunca mais
Sur la route du Retour!
«Quelle douce musique! Avez-vous jamais eu l'occasion de vous trouver sur la route de retour? Non? Alors faites vite! Empruntez les ailes du vent ou les voiles d'un vaisseau, et envolez-vous ver les confins de la terre. Séjournez au loi une ou deux années. Alors, écoutez le plus bourru des maîtres d'équipage, un gaillard au poumons parcheminés, lancer d'une voix rauque ces mots magiques, et vou jurerez que 'jamais la harpe d'Orphée ne fut plus enchanteresse'» Herman Melville, WhiteJacket (Versão Gallimard)...
Prendas que um pirata vadio pode nos dar, depois de um fim de semana bem adequado às expectativas de um falecido escritor, cujos dentes eram timidos e a bunda era mole. É prestação de serviço Oxiagã? Quem conhece sabe e sabe bem; quanto a mim, peço Oxalá. Afinal, só rompi fronteiras do migo inexistente, ao perceber que o nada é tudo e o tudo era o nada: não há cortes, tudo é brincadeira. De deuses fanfarrões. Contudo, guardo foice embainhada, e aos poucos afiada em teclados rítmicos de Packard Bell. Ou de JingleBell. Jingles de Tom Zé, ou Waits, a minute, com camomila em vez de Uisque, por favor! seu garçom, faça o favor de me trazer depressa... porque penduro, vou fugindo, sempre, de ladinho, ninguém segura pássaro de tipo carangueijo. Já fui vermelho nascido escorpião. Sou Azul, derivado de lingua árabe (Zazurd “lápis lázuli”).
Com calma, o tempo afia.
A culpa, foi cremada
Com as cinzas, lavo as mãos
Com as cinzas, lavo as mãos
Com espinhos, jogo dardos e
Errando, por aí, e sempre menos,
A síntese, Será*
*evitarei, depois de boas-vindas feitas, falar de mim.
e se o filho da puta do Adão comeu a Eva e depois a maçã de sobremesa, a culpa é dele e não minha!
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